Na Confissão de Fé de Westminster, no seu capítulo XV, seção III, encontramos a seguinte afirmação: “Ainda que não devamos confiar no arrependimento como sendo de algum modo uma satisfação pelo pecado, ou em qualquer sentido a causa do perdão dele, o que é ato da livre graça de Deus em Cristo, contudo ele é de tal modo necessário aos pecadores, que sem ele ninguém poderá esperar o perdão”.

Notamos que o arrependimento é algo que deve ser experimentado na vida de todos aqueles que são alcançados pela salvação vinda de Deus.

No Novo Testamento, quando analisamos a palavra arrependimento, vemos que seu significado básico é mudança de mente ou coração. Envolve muito mais do que tristeza pelo pecado (ainda que a inclua), é também uma mudança intelectual. Envolve a mudança de pensamento, sentimento e vontade.

Cristo Jesus, ao morrer e ressuscitar, concedeu-nos gratuitamente o perdão pelos nossos pecados. É o que está registrado em Romanos 8.1: “Agora, pois, já nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus. Deste modo, o arrependimento deve causar em nós uma mudança radical que se traduza diariamente em frutos para a glória de Deus.

Ainda no mesmo capítulo da Confissão de fé, agora na seção IV, lemos: “Como não há pecado tão pequeno que não mereça a condenação, assim também não há pecado tão grande que possa trazer a condenação sobre os que se arrependem verdadeiramente”. A partir deste princípio, percebemos, claramente, a necessidade do arrependimento, algo imprescindível para o crente em Jesus. O pecado, por menor que seja aos nossos olhos, não deve causar em nós apenas uma profunda tristeza, mas, acima de tudo, uma mudança de atitude.

Portanto, avaliemos cuidadosamente nossa vida, buscando crescer espiritualmente na presença do Senhor, confessando nossos pecados e nos arrependendo de cada um deles. Que o nosso coração se abra para o que as sagradas Escrituras nos ensinam: “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça.” (1 Jo 1.9)

Rev. Jair B. Quirino