Mas Deus, sendo rico em misericórdia, por causa do grande amor com que nos amou, e estando nós mortos em nossos delitos, nos deu vida juntamente com Cristo, pela graça sois salvos,… (Efésios 2.4,5)

Tiago, ao escrever uma carta às igrejas da dispersão, faz a seguinte pergunta no capítulo 4, verso 14: “Que é a vossa vida?” E ele mesmo responde: “Sois, apenas, como neblina que aparece por instante e logo se dissipa”. Neste trecho da carta, Tiago está alertando para a fragilidade da vida. O homem vive a planejar, a buscar alvos, mas não pode esquecer de que seus dias estão escritos pelo Senhor. É o que lemos no Salmo 139, versículo 16: “Os teus olhos me viram a substância ainda informe, e no teu livro foram escritos todos os meus dias, cada um deles escrito e determinado, quando nem um deles havia ainda”.

Por outro lado, os versículos que abrem esta pastoral trazem as palavras de um apóstolo que também tinha muito a dizer sobre a vida.

No entanto, ao falar da vida, no texto da carta aos Efésios, ele faz referência à vida espiritual. No capítulo 2 desta carta, Paulo salienta a situação de todos aqueles que vivem distantes de Deus. Ele afirma que estão mortos em pecados. E o que é esta morte? O mesmo texto diz que estávamos mortos em nossos delitos. O próprio apóstolo se inclui no grupo daqueles que andavam segundo as inclinações da carne: “Éramos, por natureza, filhos da ira” (v. 3). Todos esses aspectos significam morte espiritual. É tentar viver distante de Deus e de seu amor. É tentar dar curso à vida, ancorados em pressupostos estritamente humanos.

Mas, mesmo revelando toda a nossa rebelião para com o Criador, fomos alcançados e salvos por causa da riqueza de sua misericórdia. Assim, todos aqueles que já foram transformados pelo evangelho de Cristo sabem o que significa ter vida de fato. O sacrifício de Jesus na cruz é suficientemente capaz de nos tirar da morte espiritual. Viver com Cristo é o que traz sentido para nossa existência.

Somos salvos! Somos unidos a Cristo, e essa união com ele nos dá a garantia de também sermos ressuscitados no último dia para a vida eterna.

Rev. Jair B. Quirino